domingo, 29 de junho de 2014

2° dia: Fão - Porto

Dia 2: Fão (Esposende) - Porto
Total do dia: 47,5 km
Horas a pedalar: 3h 20 min
Total km acumulado: 99,4 km
Total horas a pedalar: 6h 57 min





No final do primeiro dia, estávamos nós tão contentes porque, pronto, era o primeiro dia, tudo era uma festa e 50 km até nem custam muito, oh! Tínhamos algumas dúvidas sobre como iríamos acordar em termos musculares mas a odisseia veio muito antes disso. Isto porque - contaram-nos depois, eu só tinha uma vaga ideia - no Minho chove muito. E imprevisivelmente. E Esposende ainda é Minho. Ou seja, a nossa primeira noite de campismo foi um pesadelo. Chuva que não parou toda a noite, ao que se juntou vento e até um ou outro relâmpago. A nossa pobre tenda de 15 euros fez muito bem o seu trabalho, devo dizer, mas não é uma super-tenda. Daí que o nosso saco-cama ficou todo molhado na parte de cima, e a parte dos pés idem. De vez em quando tínhamos de segurar as paredes da tenda porque parecia que a qualquer momento íamos virar sem-abrigos. Não é uma sensação nada fixe ter só um bocado de plástico entre nós e os elementos e estar a modos que presos dentro de uns 180x130 cm porque lá fora ainda está pior. Conclusão: não dormimos nada.

Às 8 da manhã finalmente a coisa abrandou e nós saímos a correr da tenda, levámos tudo para os balneários e desmontámos a tenda em menos de nada. Não voltou a chover. O que nos consolou neste início de dia tão mau foi saber que no final do dia nos esperava duas caras familiares, uma casa a sério e uma cama! Foi um pensamento sustentador.

A primeira etapa foi muito tranquila. Sabíamos que a N13 nos levava tranquilamente até ao Porto portanto em termos de orientação o nosso dia estava muito simplificado. Sacrificámos a ida mesmo junto à costa em prol da comodidade que seguir uma estrada sempre em frente nos oferecia.


Mais uma vez, uma berma larga até à Póvoa de Varzim.


Na cidade, já é outra conversa :)

Na Póvoa foi só tempo de ver a praia, almoçar, e partir em direção ao Porto. Sabíamos que seria a etapa mais comprida até ali e portanto queríamos tempo para a fazer.

Foi também a mais custosa.


Aqui vai o Diogo numa das subidas do demónio quando lhe gritei meio esbaforida: "Passa-me à frente que eu preciso de tempo para subir esta f£@&£ da p@$#£ desta subida!" (estamos no norte, podemos dizer asneiras, ninguém leva a mal)

Foi uma tarde longa. Mais longa ainda porque nós metemos na cabeça que queríamos entrar no Porto junto ao mar e à foz, por Matosinhos, e portanto fizemos mega desvio da nossa certinha N13 e fomos dar uma volta maior.


Aqui a passar a ponte em Leça da Palmeira.


O passeio marítimo em Matosinhos. Estava um vento danado na praia, daí que a foto esteja desfocada lá mais ao fundo - areia a voar!

Finalmente, já à entrada do Porto, as caras familiares apareceram e rumámos à hospitalidade nortenha que nunca falha. Que diferença para a primeira noite, caramba!

Antes disso ainda subimos a Avenida da Boavista todinha, porque não fazíamos ideia nem do comprimento nem da subidura (diz que é a avenida mais longa de Portugal. Eu acredito.) e por isso recusámos a proposta muito razoável de ir de metro. Se tivesse ligado o contador dos km nesse pequenino trajeto tenho a impressão que a altimetria disparava.

Ainda assim, fiquei mais do que maravilhada por esta avenida tão importante do Porto ter uma ciclovia quase até meio. Porto 1 - Lisboa 0



Conclusão: foi um fim de dia ótimo em família, que serviu para recarregar baterias e preparar para o próximo dia em campismo. Ficámos extremamente contentes por termos conseguido fazer Caminha ao Porto em dois dias, porque sabíamos que iria ser puxado pedalar 50 km em cada um dos dois primeiros dias.Tratamento de choque, agora estamos prontos para tudo.



S.

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