3º dia: Porto - Furadouro (Ovar)

Dia 3 - Porto - Furadouro (Ovar)
Total do dia: 57,2 km
Horas a pedalar: 4h 24 min
Total km acumulados: 156,6 km
Total horas a pedalar: 11h 21 min

O que nos fez levantar da cama no terceiro dia foi a certeza de que desta vez a Avenida da Boavista era para descer. Como se pode ver na primeira imagem, os 5-6 primeiros km do dia foram sempre a descer. O sol a bater quente mas não insuportável, a brisa fresca a bater na cara e o mar lá em baixo, fez deste o melhor início de dia até aqui.

E isto foi só o início de um dia fantástico. Acima das nossas melhores expectativas para pedalar e com paisagens do caraças.

Isto porque nós seguimos as indicações dos nossos anfitriões e fomos sempre junto ao rio Douro e ao mar. E não é que aquilo tem sempre ciclovia?! Nos 15 km que fizemos desde a rotunda da Boavista, Foz, Porto, Ponte D. Luís, até chegar a Gaia, se tivemos 2 km sem ciclovia foi muito. E subidas, nada.

A foz do Douro.

Paragem para abastecimento.

Felicíssimos com estas condições perfeitas para ciclar e passear ao mesmo tempo.

A Ponte da Arrábida ao fundo.

Um dos poucos troços que tivemos que fazer pela estrada.

Chega a uma parte em que não sabemos para que lado olhar, se para o rio e Gaia, se para a zona ribeirinha do Porto.

Não tinha noção que a Ponte D. Luís tinha um tabuleiro tão junto à estrada  (já estava preparada mentalmente para subir as ruas empedradas e íngremes no centro do Porto até à altura do tabuleiro superior da ponte) por isso foi com alegria redobrada que chegámos a Gaia e fizemos uma pausa para admirar o Porto e pensar o caminho até Espinho.

Tinham-nos dito que havia uma ciclovia desde a zona ribeirinha de Gaia até Espinho, sempre juntinho ao mar. Nós não queríamos acreditar porque eram mais de 20 km, era demasiado bom. Estivemos a um passinho de virar para a estrada principal que nos levaria, segundo o Google, até Espinho, não fosse estar-se mesmo bem à beira-mar e a curiosidade ter falado mais alto.

Foi incrível.

Uma ciclovia ao longo das praias que separam Gaia de Espinho, sempre juntinho à praia, às vezes mesmo juntinho ao mar.

Mais junto à costa não podíamos ter pedido. Compensou seguramente o nosso afastamento da costa no dia 2.

Ainda assim foram 3 horas a pedalar, quase 4 em cima do selim (incluindo paragens), pelo que quando chegámos a Espinho a nossa intenção era só uma: COMER.

Cerca de meia hora depois partimos novamente, desta vez em direção ao Furadouro, o nosso campismo do dia.

Outra surpresa incrível. Num trajeto de cerca de 18 km, uns 12-13 foram feitos ao longo de uma floresta. Numa ciclovia paralela à estrada, por vezes tão larga quanto ela, e que nos levou diretamente ao campismo.

Parece que vamos no meio da estrada - nop, ciclovia de duas faixas para os turistas :)

Foi isto durante mais de 10 km. Só tenho pena de não termos usufruído tanto quanto o ambiente merecia, mas já tínhamos 50 km quase seguidos em cimas das pernas (e do rabo, o pior mesmo é o rabo), só queríamos chegar ao campismo.

Perto da chegada vimos então que esta longa ciclovia que liga Esmoriz ao Furadouro é parte de uma rede bastante alargada de ciclovias no concelho de Ovar chamada 'Cicloria'. Suspeito que em homenagem à Ria de Aveiro, que começa por ali.

E lá chegámos ao destino do dia. Desta vez a montagem da tenda ocorreu sem atrapalhações e a nossa dormida ficou pronta em menos de nada.

S.