Este foi feito mais a sério, com condições mais próximas do que antecipamos encontrar durante a nossa viagem em Portugal. Houve subidas e descidas - sendo que muito raramente as últimas compensam as primeiras em termos de esforço -, houve carros com fartura ao nosso lado, houve estradas, cruzamentos, rotundas e semáforos para respeitar, houve peões para não atropelar e decisões rápidas para tomar sobre direções. Poucas coisas me fazem sentir tão alerta e de pestana aberta como guiar uma bicicleta no meio do trânsito citadino. É bem mais cansativo do que pedalar pela costa flamenga, não haja dúvida.
O que é bastante curioso é que após uma hora a pedalar a fusão com a bicicleta é enorme. Quase que o meio de transporte se torna parte do corpo e a manobragem da coisa torna-se cada vez mais fluida e intuitiva. Isto são boas notícias.
Estes 16 km são cerca de metade da quilometragem diária média. Sendo que os fizemos em pouco mais de uma hora, significa que passaremos em média duas horas por dia a pedalar. Não parece nada de outro mundo mas o meu maior receio é o esforço acumulado. Serão 30 dias com apenas uns 3 ou 4 dias de descanso pelo meio.
A nossa intenção é ainda fazer um ensaio geral que reproduza um dia normal de pedalanço, ou seja, 15 km de manhã mais 15 km ao fim da tarde. Não sei bem para que servirá ele além de um treino normal, pois se correr mal ou se virmos que é muito cansativo, o que fazer? Desistir da viagem está fora de questão, já dissemos a demasiadas pessoas :D Só se servir para termos melhor noção do passo a que devemos ir (o passo deste último treino pareceu-me acelerado demais. Não estamos em competição, temos sempre 24 horas para completar 30 km).
S.
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