terça-feira, 15 de julho de 2014

19º dia: Setúbal (Tróia) - Lagoa de Melides

Dia 19 - Setúbal (Tróia) - Lagoa de Melides
Total do dia: 46,7 km
Horas a pedalar: 3h 02 min
Total km acumulados: 645,3 km
Total horas a pedalar: 46h 59 min

Hoje foi dia de apanhar ferry para Tróia pela última vez mas primeira com as bicicletas. Para Tróia existe o catamarã, que só leva passageiros e atraca perto da zona do casino, e existe o ferry, que leva carros e atraca uns 4 km para dentro da península, pertinho da estrada nacional que nos leva de Tróia a Grândola. Só o ferry transporta bicicletas, de forma gratuita (só se paga os 3 euros de bilhete de adulto). Há que dizer que o cartão Viva Viagem foi uma invenção magnífica, já que o utilizámos em transportes que foram desde Cascais até Tróia (o comboio da linha de Cascais, ferry de Belém para a Trafaria e ferry e catamarã de Setúbal para Tróia). Um único cartão que cobre transportes de uma área geográfica tão vasta é de louvar.
Assim, depois de um pequeno-almoço reforçado que incluiu o melão mais doce que comi em vários anos, lá partimos nós em direção ao porto de Setúbal.


As nossas riquinhas ficaram no porão juntamente com os carros e nós fomos para a parte de cima apreciar a vista e levar com o sol que às 10 da manhã já estava forte.



A viagem foi mais comprida do que a do catamarã e até apanhámos trânsito :)


Pouco depois foi altura de desembarcar e voltar a dar ao pedal, para os cerca de 45 km que nos separavam da Lagoa de Melides. A ideia original tinha sido parar na Praia da Galé para a praia da tarde, mas preferimos fazer o esforço até à lagoa e ficar na praia o tempo que nos apetecesse.




Foram cerca de 44 km até Melides bastante tranquilos no que ao esforço diz respeito (olá, Alentejo!) e apesar de estar muito calor, a deslocação das bicicletas dita que sopre sempre um vento na nossa direção que acaba por tornar o calor suportável. Vento quente, mas melhor do que nada.


Deu para ver mais um bocado da linda Tróia e depois... deserto. Estrada longa, pouquíssimos carros que passavam por nós, muita areia e vegetação já típica do Alentejo, e calor.



Passámos pela Reserva do Estuário do Sado, uma zona de grandes bancos de lodo, barcos aqui e ali, e fábricas ao longe.
Passámos também as famosas praias que ficam depois de Tróia, a Comporta e o Carvalhal. A Comporta é uma aldeia pequenina, cheia de restaurantes e uma ou outra loja de pronto-a-vestir, de casinhas de risca azul caiadas de branco. Foi ali, onde parámos no mini-mercado para comprar duas garrafas de água frescas (que para nós valem mais do que ouro), que me deparei pela primeira vez e inequivocamente com o sotaque alentejano nesta viagem.
Foi também a primeira vez que nos deparámos com estas belezas:


Vimos corvos, também, uma ave que nunca tinha visto por cá.
Quanto ao resto do caminho, foi a tal estrada longuíssima, com umas lombas tipo montanha-russa para animar de vez em quando.




Em Melides, parámos para almoçar, antes de fazermos os 3 km que faltavam até ao parque de campismo e à praia que tinha vindo todo o caminho a chamar por nós.





A belíssima Lagoa de Melides de um lado...


... e a praia do outro.

Que diferença para Tróia! A areia mais grossa, o mar mais cheio e revolto, naquela fase em que entrando para lá da zona da rebentaçãotem-se água pelo pescoço e pode-se brincar no embalo das ondas.
Ainda deu para um mergulho na piscina do campismo (primeira grátis, yey!) e mais um bocadinho de espreguiçamento na toalha.
Emtretanto fiquei sem saber se já estamos no Alentejo ou não, já que passámos por uma placa que dizia que sim, os transportes públicos já têm "Alentejo" no nome e o sotaque confirma. Mas o mapa diz-me que não, que isto ainda é distrito de Setúbal...
Amanhã o nosso destino será Porto Covo ou Milfontes, consoante a disposição. Mais uns 50 km nos aguardam. Se forem como os de hoje, são aguentáveis.




S.

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