quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Caminha - nova casa de partida

Depois de uma recomendação de uma praia por cima de Viana e de outra recomendação sobre a própria cidade (vila?) de Caminha, decidiu-se que realmente vamos começar mesmo é a partir da fronteira. 
São só mais 20 km, bolas, e aquilo afinal tem comboio, tem. Se o conseguiremos utilizar trazendo as bicicletas connosco já é outra questão que está à espera de desenvolvimento, mas como a questão é válida para o trajeto todo de Lisboa até ao norte, a resolução não terá influência na escolha da casa de partida.

Portanto, o que tem Caminha de especial? Diz-me quem sabe que a vila em si é muito bonita e por isso, só por ela, valeriam os 20 km a mais. Depois, pelo caminho até Viana do Castelo há coisas como:

- O Forte da Ínsua, onde o rio Minho encontra o Atlântico:

  

- a praia de Moledo, que com este morro me fez subitamente pensar no Rio de Janeiro (a temperatura da água de certo me tiraria as ideias. Os coisos de windsurf também não são bom sinal em termos de quietude dos ventos. Mas a paisagem é bonita):



- Vila Praia de Âncora, onde não sei se me hei-de virar para a praia ou para aquela lagoa/ribeira:



E depois parece que também há comida da boa. Eu da última vez que fui a Portugal lacrimejei até enquanto comia pão com manteiga Mimosa, daqueles que se servem como entradas nos restaurantes, por isso dá para antever que o meu estado de privação de comida tradicional portuguesa vai ser muito grave em junho. Temo sofrer um curto-circuito nas papilas gustativas quando provar gastronomia nortenha mesmo da boa.

Finalmente, em Caminha há uma coisa destas, que foi talvez o incentivo maior de todos na altura de mudar a casa de partida:


  

Quer dizer, se calhar até nem há (esta é de Lindoso, Ponte da Barca), mas o simbolismo de começar mesmo na fronteira será na mesma forte. E nós arranjaremos maneira de o retratar de forma convenientemente simbólica.




S. 

6 comentários:

  1. estes teus posts são deliciosos :) fazem-me recuar à minha infância e às estradas percorridas de auto-caravana em família e do entusiasmo que era atravessarmos a fronteira e depois o regresso, quando ainda em espanha já se conseguia ouvir a rádio portuguesa. Incrível como uns meros 15 dias nos faziam desejar com tanta força querer regressar ao "atraso" que era portugal naquele tempo.
    Até aquela tua história das matrículas me fez lembrar esses tempos, porque quando íamos por essa europa fora, o jogo de viagem com a minha irmã era vermos as matrículas e adivinharmos de que país era pelas abreviaturas. O mais difícil era a alemanha, porque nos fazia confusão que começasse com D. As da holanda eram giras porque eram muito parecida com a nossa. Em frança havia um codigo de números e tínhamos de adivinhar de região eram.

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    1. Ir por aí fora numa auto-caravana é um tipo de férias que quero muito fazer. Deve ser uma sensação de liberdade muito grande, e não se perde em conforto.
      Fico feliz por não ser a única pessoa que gosta de matrículas. Se bem que o teu relato era de quando eram crianças, isso devia-me dizer qualquer coisa...

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    2. não, não! eu ainda gosto de fazer esse jogo, só que hoje em dia já não viajo por estrada pela europa (só faço cá em PT quando vejo um carro estrangeiro)...infelizmente, é uma das coisas que se perdeu com o embaratecimento das viagens de avião. Naquele tempo era incomparavelmente mais barato ir por estrada (e ficar em parques de campismo) do que por ar.

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    3. Pois, por isso hoje em dia, as pessoas são mais viajadas mas só conhecem as capitais europeias e pouco mais. Contra mim falo, e por isso é que acho viagens de caravana espetaculares. O ligar uma cidade a outra pelo chão é muito mais interessante e mais enriquecedor. Às vezes reparo que sofro desse problema com Lisboa e as estações de metro (não ter a noção que o Colégio Militar/Luz fica tão perto do Campo Grande, por exemplo) quanto mais com a Europa.

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    4. Haja saúde para ainda vires a conhecer as ruas de lisboa todas a pé e também aqueles sítios que elencaste ali para baixo, os tais que vão ficar fora do vosso caminho. Alguns deles conheço e são mesmo muito bonitos.

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    5. Amén, uma coisa de cada vez. Antes disso tudo vou ter que acabar de conhecer a Bélgica, para me ir embora de consciência tranquila :)

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